Crime
Acidente com ônibus da Vale escancara os efeitos da terceirização predatória
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Um ônibus da empresa Serra Verde (A40) que fazia a rota Venda Nova – Belo Horizonte para a Mina Capitão do Mato tombou na Linha Verde nesta terça-feira, 15. Havia 19 empregados, além do motorista como ocupantes do veículo. A Vale informou que ninguém ficou gravemente ferido e todos socorridos. Entretanto, a diretoria do METABASE-BH chama atenção novamente para a terceirização predatória, um crime contra as relações de trabalho.

Os gestores da Vale gostam de expor um conceito denominado “As nove regras de ouro”, que na verdade existe somente para punir o trabalhador. Por que não incluir a décima regra e proibir a terceirização? Mas para isso, teria que por ï¬Âm a quadrilha que atua dentro da empresa explorando e submetendo aos trabalhadores as piores condições de trabalho.

Não basta apenas emitir uma nota, como fez a diretoria da empresa, e achar que o problema foi resolvido. É necessário responder a todos o que ocasionou o acidente. Até então não se sabe se foi por excesso de jornada do motorista, veículo em alta velocidade ou falta de manutenção do ônibus.

Não há informações e nenhuma empresa contratada pela Vale presta esclarecimentos ou se preocupa com as condições de trabalho dos terceirizados.

O fato é que a Vale é responsável pelas atrocidades que ocorrem diante dos seus olhos. Funcionários estão sendo escravizados e a empresa se cala, colocando todos em risco, como ocorreu nesse acidente. Um belo presente de Natal que a companhia oferece aos seus colaboradores.

A diretoria do METABASE-BH vai continuar acompanhando a situação dos funcionários acidentados e, acima de tudo, denunciando os crimes cometidos por uma quadrilha que insiste em lucrar com a exploração de mão de obra barata.

          

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