Negociações
NÃO ADMITIMOS RETROCESSO E PREJUÃZO A DIREITOS DE NOSSO ACORDO COLETIVO
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Participamos nesta terça, 10 de outubro, de nova reunião com a Vale, antecedendo o processo de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2023, que deve começar efetivamente na última semana deste mês, quase véspera de vencer a data-base da categoria, em 1º de novembro. Na reunião de hoje, a empresa já estendeu até o dia 24 de novembro o prazo de validade do acordo coletivo vigente, sinalizando que as negociações devem perdurar por cerca de um mês.

A Vale voltou nesta última reunião com a mesma estratégia da anterior, em pregações típicas de pressão sobre os trabalhadores com proposição de mudanças em direitos fundamentais da categoria. Alegou que cometeu erros em dois direitos conquistados em acordos anteriores e cujas mexidas trarão inevitaveis prejuízos financeiros aos trabalhadores. A Vale quer mudar o modelo de PLR, especificamente no “Fator Vale”, alegando que ele garante pagamentos altos do direito mesmo que a empresa apresente queda de lucros. Sugere mudança também na forma de cálculo do “adicional de insalubridade”, deixando de incidir sobre o “Piso Salarial” (de R$ 1.933,00) e voltando a ser calculado sobre o salário mínimo (R$ 1.320,00), ou seja, redução brutal do direito, que foi um diferencial na empresa conquistado em acordo anterior.

A direção do Sindicato afirmou à empresa toda a sua indignação e que não iremos nos submeter a nenhum prejuízo nestes direitos, como também no plano de saúde. Queremos avançar nas condições de trabalho e não negociar perda ou prejuízo de direitos. Acusamos o absurdo de querer arrochar adicional pago a operários que acabam com sua saúde no trabalho em condições insalubres, considerando tal proposição desumana e inadmissível.

Na reunião por videoconferência, os RTs da Vale ouviram o repúdio de todos os diretores do Sindicato e um relato de prejuízos que vêm sendo implementados pela empresa, lembrando que já fomos sacrificados com um reajuste menor no acordo coletivo passado, não sendo possível que se pense em arrocho econômico-social nesta negociação que inciamos, prejudicando PLR, adicional de insalubridade, falatório indicando alto custo do plano de saúde, formas de pressão que trazem muita preocupação aos trabalhadores, típicas de um assedio coletivo.

Reafirmamos a luta pela garantia de todos os direitos conquistados e da busca de avanços nas condições existentes no acordo coletivo vigente.

Nova reunião foi agendada pela Vale com o METABASE BH para a próxima segunda-feira, dia 16.

          

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