Empresa chegou ao absurdo de afirmar que os trabalhadores devem escolher
entre medidas para o plano de saúde ou reajuste no cartão alimentação
Esta é a proposta econômica que a Vale teve coragem de nos apresentar na reunião desta terça-feira, 24 de outubro, sem falar uma vírgula de reajuste no cartão alimentação e em nenhum dos demais benefícios sócio econômicos do nosso acordo vigente. Se quando a Vale falou em cortar custos de produção apontou o facão para os direitos dos trabalhadores, avisamos à empresa que levaremos às últimas consequências para impedir que a categoria seja mais sacrificada e perca o que resta de importante para valorizar nossos empregos, a PLR, o plano de saúde AMS e demais benefícios sócio econômicos, que vêm há muitos anos compensando salários baixíssimos praticados em uma mineradora que lucra e distribui bilhões de lucros.
Recusamos na mesa esta proposta indecente de arrochar salários e benefícios econômicos e avisamos que não submeteremos aos trabalhadores a vergonha de participarem de uma assembleia para decidirem perda de valor real de salários e direitos sócio econômicos.
Como a própria Vale estendeu a validade do acordo vigente até 24 de novembro, teremos tempo suficiente para nos mobilizarmos e exigir uma proposta respeitosa, que não nos sacrifique e não piore ainda mais a nossa condição de sustentação familiar.
A empresa já confirmou nova reunião de negociações para a próxima segunda-feira, 30 de outubro, e esperamos sensibilidade para não nos apresentar uma proposta tão covarde e desumana, e atenda reivindicações justas e condições para nos sustentarmos e a até mesmo para trabalharmos.
