A empresa manifestou a «vontade de manter» o Plano de Saúde e indaga dos trabalhadores sobre preferência de reajuste salarial ou no cartão alimentação
A pressão dos trabalhadores e a insatisfação com a proposta que a Vale nos apresentou na última semana sobre uma eventual escolha entre preservação do plano de saúde ou reajuste no cartão alimentação levou a empresa a desistir de qualquer mudança que prejudique as condições garantidas no acordo coletivo vigente.
Demonstramos que seria inadmissível quaisquer alterações de coberturas em procedimentos médicos e de participação nos custos que prejudicasse as condições usufruídas pelos trabalhadores e dependentes, sendo o nosso plano de saúde um dos grandes motivos e atrativo de nosso trabalho na empresa.
Nossa forte rejeição à proposta desonesta de prejudicar nosso plano de saúde fez a Vale retroceder, afirmando que ouviu os reclames dos trabalhadores e do Sindicato e retira a opção com a pergunta absurda que nos fez na semana passada.
A LUTA AGORA É CONTRA ARROCHO SALARIAL
A empresa tirou o plano de saúde da alça de mira, mas agora volta com mais uma indagação perversa para os trabalhadores, mudando a opção de prejuízo, falando que devemos escolher entre reajuste nos salários ou no cartão alimentação.
Infelizmente, empresa insiste com a postura de, não discutir qualquer melhoria ou ajuste no Acordo Coletivo e pretendendo apenas meter a foice nos salários ou no cartão alimentação, que são condições essenciais para o sustento de nossas famílias.
As negociações do Acordo Coletivo seguem com propostas que mais parecem iscas, para a empresa identificar onde o calo aperta para cortar custos em cima de salários e benefícios econômicos.
A diretoria do Sindicato, mais uma vez, repudiou as argumentações da empresa, que teve o trabalho de apresentar outras práticas de cartões alimentação de outras empresas, sempre apontando que pratica valores maiores, o que não corresponde à verdade, se as comparações acontecerem com empresas do nível de lucratividade da Vale.
Voltamos a afirmar que é inadmissível uma proposta desta, que representa tirar dos trabalhadores sua condição financeira, sobre direitos como o cartão alimentação, onde a empresa tem incentivos através do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).
Reforçamos que temos também como pontos principais os reajustes nos salários, benefícios econômicos e manutenção da perspectiva de nossa justa Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
Deveremos voltar à mesa de negociações com a empresa somente no próximo dia 13 de novembro, em reunião já agendada, e, mais do que nunca, precisamos da mobilização e demonstração dos trabalhadores para não abrirmos mão de um Acordo Coletivo de Trabalho honesto e justo!