O METABASE-BH e demais sindicatos que negociaram com a Vale o último Acordo Coletivo de Trabalho impediram iniciativa anunciada pela empresa de impactar o nosso plano de saúde da AMS. As mobilizações e resistência dos sindicatos e dos trabalhadores foram entendidas e preservamos nosso plano de saúde sem mudanças prejudiciais.
Continuamos, no entanto, com a empresa demandas de melhoria no atendimento, maior credenciamento de hospitais e clínicas e também para diminuir o pagamento de coparticipação dos trabalhadores em procedimentos de baixo risco.
Insistimos com a empresa para corrigir uma cláusula que estava penalizando trabalhadores em suas contribuições à Assistência Médica Supletiva (AMS) durante o pagamento de coparticipação em procedimentos de baixo risco.
Pela cláusula do Acordo Coletivo, trabalhadores que recebem até R$ 4.465,90 contribuem com 20% do valor dos procedimentos como coparticipação. Já os trabalhadores com salários superiores a R$ 4.465,90 se submetem a uma coparticipação de 45% do valor do procedimento de baixo risco, mais que o dobro da primeira faixa salarial.
Tivemos um grande problema devido às medidas adotadas pela empresa ao incorporar aos salários adicional durante a implementação de turnos de 11 horas, resultando em muitos trabalhadores de salários mais baixos ultrapassando o limite de R$ 4.465,90 e passando a sofrer o reajuste maior na coparticipação de procedimentos de baixo risco na AMS.
Apesar dos desafios durante as negociações, que incluíam propostas prejudiciais da empresa alegando custos médicos elevados, os sindicatos conseguiram aprovar o Acordo Coletivo de Trabalho sem prejudicar o plano de saúde AMS. Contudo, a cláusula em questão permanece em vigor, mantendo a distorção.
Mesmo após a assinatura do acordo coletivo, os representantes continuam pressionando a empresa, destacando que os trabalhadores estão sendo prejudicados no atendimento de baixo risco para suas famílias. Exigem da empresa uma redução da coparticipação de 45% para faixas salariais acima de R$ 4.465,90.
As discussões evoluíram desde o final do ano, e aguardamos a avaliação da empresa em relação a essa reivindicação justa. O objetivo é garantir a sustentabilidade financeira das famílias, que utilizam procedimentos de baixo risco para evitar o agravamento de enfermidades e, consequentemente, a necessidade de procedimentos de alto risco.
Permanecemos na expectativa de uma solução, confiantes de que a empresa compreenda a importância de cuidar da saúde no baixo risco, evitando complicações que poderiam levar a internações hospitalares.