Depois de várias reuniões fazendo balões de ensaio e plantando dificuldades de nos atender, a Vale apresentou neste dia 30 de outubro sua contraproposta para as cláusulas financeiras do Acordo Coletivo de Trabalho.
A empresa propõe reajustar salários e benefícios pelo INPC de 12 meses, mas exclui o «cartão alimentação» de qualquer reajuste. Demonstra sua insensibilidade em conceder ganho real, mantendo apenas o ajuste pela inflação, sem nenhuma melhoria efetiva nos salários.
Deixamos também nossa total discordância de qualquer mudança no modelo de PLR, assunto que está sendo muito “ventilado” com a tentativa de prejudicar o direito dos trabalhadores.
O modelo atual de PLR foi construído com muita luta e avanços ao longo dos acordos coletivos e não podemos admitir qualquer mudança que represente retrocesso.
QUEREMOS GANHO REAL JUSTO PARA RECUPERAR SALÁRIOS MUITO ACHATADOS
A empresa vem sendo cobrada insistentemente para que, depois de muitos anos, tenhamos a aplicação de GANHO REAL nos salários, no cartão e demais benefícios econômicos. Não cansamos de afirmar nas reuniões com a Vale sobre a carestia que muitos trabalhadores vivem com remuneração beirando ao salário mínimo, depois que são realizados os descontos. Os trabalhadores reclamam tanto dos valores dos salários quanto do cartão alimentação, menores do que os pagos por muitas empreiteiras que trabalham para a própria Vale. Quando demonstramos esta realidade, a Vale afirma que precisamos verificar todo “pacote de benefícios”, como plano de saúde, mas é com o salário e com o valor de cartão que vem a principal fonte de sustentação familiar, que passa dificuldade.
O GANHO REAL se mostra necessário e urgente. Os trabalhadores repetem insistentemente que “não aguentam mais”.
Vamos aguardar que a Vale refaça sua contraproposta para um acordo coletivo justo! A empresa precisa ter sensibilidade social e dar condições efetivas para trabalharmos em condições humanizadas para produzir com qualidade.