Esta é a primeira proposta que a Vale nos apresentou na reunião de negociações do Acordo Coletivo Específico 2025.
Ou seja, para a Vale não existe inflação, não está apavorada com os preços dos alimentos, creches não foram reajustadas e pode cortar na carne dos trabalhadores para aumentar seus lucros.
A empresa fala em “desafio de recuperar a nossa competitividade” e que “nosso custo está maior que o dos concorrentes, em um momento de redução de demanda na China e queda de preços dos nossos produtos”.
Recuperar a competitividade significa sacrificar os trabalhadores, não discutindo melhorias nas condições de trabalho, aumentar a pressão para produzirmos cada vez mais, bater metas e penalizar nossas famílias, congelando valores de benefícios básicos para nos sustentarmos, como creche, lanche, educação e outras.
Repudiamos a tentativa da Vale de piorar as condições do nosso “Acordo Específico”. O “Bônus Alimentação Semestral”, hoje de míseros R$ 378,65 já faz parte do orçamento familiar para suportar a escala de preços nos alimentos. Não justifica cortar este benefício sob a justificativa de eliminar a cláusula de conflito, pois sempre estivemos dispostos ao diálogo e entendimento na defesa dos direitos antes de quaisquer medidas mais rigorosas para defendê-los.
Na cláusula sobre ergonomia, nada precisaria ser retirado e preservá-la garantindo a ajuda de custo sempre que o trabalhador passe a exercer sua atividade em home office.
Não vamos tolerar nenhum congelamento de benefícios no Específico, que foram tirados do acordo geral, e que agora a Vale quer prejudicar.
Convocamos todos os trabalhadores para a mobilização e defendermos com todo o rigor os benefícios econômico-sociais, para termos harmonia e sustentabilidade familiar.
A empresa já agendou nova reunião com o METABASE BH para o próximo dia 26 de março.
Vamos engrossar nossa luta, com unidade e participação, para garantirmos um acordo justo e honesto!
PROPOSTA QUE PREJUDICA O ACORDO
- Prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho Específico vigente até conclusão das negociações;
- Cortar o “Bônus Alimentação Semestral” e retirar do acordo a cláusula de “resolução de conflitos”;
- Manter todas as demais cláusula e benefícios com os valores atuais congelados.