Nosso Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019, aprovado em assembleia pelos trabalhadores e assinado com a Vale, contrariou todos os pessimistas que apostavam no fracasso na luta pelos direitos da categoria neste ano. Não foram poucas as “postagens” em grupos de redes sociais em que alguns pareciam se deliciar com um entreguismo nas negociações coletivas com os patrões, parecendo desejosos pelo prejuízo sobre os trabalhadores.
A prática e os resultados, no entanto, mostraram a seriedade do Sindicato e dos trabalhadores para defendermos os direitos da categoria e avançar em conquistas econômicas.
PLR RECORDE
Nosso 2018, começou com um recorde tão esperado pela categoria: os trabalhadores receberam, em sua grande maioria, quase 7 salários de PLR, refletindo as mudanças importantes que negociamos com a Vale nos últimos anos, para ajustar o modelo de aferição e pagamento do direito.
E ainda neste ano estamos construindo todas as condições para que o pagamento do teto de PLR se repita no início de 2019.
ACORDO COLETIVO GARANTE CONQUISTAS
Antes de começarem as negociações, a Vale assombrou todos os trabalhadores, quando antecipou os “Nove Pontos” que pretendia seguir nas discussões do Acordo Coletivo nacional. A empresa falava claramente em ajustar as cláusulas do Acordo às mudanças na legislação trabalhista pós-reforma.
Do nosso lado, reagimos, afirmando à empresa que não iriamos admitir prejuízo aos direitos conquistados nos acordos anteriores e que mobilizaríamos toda a categoria para resistir a quaisquer cortes.
Esta postura do Sindicato e demais entidades que compõem o “Grupo Renovação” rejeitou na mesa de negociações todas as tentativas patronais de arrochar nossos direitos, que repercutiriam negativamente nos salários e em direitos como o cartão alimentação, pagamento de horas in itinere, adicionais noturno, de insalubridade e periculosidade.
O resultado final do Acordo Coletivo foi um sucesso de nossa determinação. Os salários obtiveram o maior reajuste entre todas categorias no País.
Os 6% de reajuste salarial superaram uma vez e meia o INPC de 4% acumulado em um ano. O cartão alimentação, que a Vale resistia mexer, foi reajustado em 3,9%, com seu valor evoluindo de R$ 717,00 para R$ 745,00.
O piso salarial da categoria ficou definido em R$ 1.596,99 e os demais benefícios econômicos foram reajustados em 3,5%.
HORAS IN ITINERE SE TRANSFORMAM EM PRÊMIO
A reforma trabalhista destruiu o pagamento das horas in itinere e as empresas ficaram livres para cortarem o direito. Nossa resistência garantiu aos trabalhadores a manutenção de sua renda relativa a este direito e, melhor ainda, o valor recebido foi aumentado em 10% com a transformação das horas in itinere em “Prêmio Assiduidade”.
Em vez de receber “por mês” o prêmio será pago pelo montante de um semestre inteiro, antecipado nos meses de janeiro e julho. Ao receber o próximo semestre acumulado serão descontadas faltas justificadas em 1% cada dia e de 5% para faltas injustificadas (ambos os descontos incidindo também sobre o descanso semanal remunerado).