Direitos dos trabalhadores só resistirão com sindicatos fortes
A sociedade brasileira vai assistindo passivamente um verdadeiro desmanche das condições consolidadas pela Constituição Cidadã de 1988, que assegurou as liberdades coletivas e individuais, os direitos sociais e trabalhistas.
Esta Constituição de 1988 foi uma marco democrático no Brasil, que se afastava de um regime ditatorial de trágica memória.
Além de destruir aceleradamente os direitos sociais e trabalhistas, o governo que se instalou no País toma todas as medidas para sepultar também esta memória político social da História do Brasil. Veja o que o governo está fazendo para destruir as universidades federais em todo o Brasil, única possibilidade de igualdade de formação científica e qualificação profissional de grau dentro da sociedade.O desmanche é desperador.
Aqui alguns pontos:
- liberdade para as empresas escancararem as terceirizações;
- reforma trabalhista que acaba com direitos da CLT, permite contratos intermitentes de trabalho;
- transforma trabalhadores em empresas individuais, com CNPJ, para não pagar encargos sociais;
- cortes nos investimentos de saúde, de educação e serviços essenciais pelo período de 20 anos;
- aniquila a possibilidade das aposentadorias, exigindo 40 anos de contribuições e 65 anos de idade para ter o direito
- integral respeitado.
O desmanche educacional e a evolução de uma massa conduzida por fanatismo religioso conjugados, uma politica de liberar as armas, permitir que se mate, estendendo a interpretação de legítima defesa constroem um País que avança para o submundo, com uma destruição do tecido social de forma avassaladora.
Sair às ruas ficará muito pior do que temos hoje nos riscos de violência e o futuro pode ser de uma sociedade animalesca, que mata uns aos outros por migalhas que sustentem a miséria.Este retrato pode ser refeito apenas com a resistência da sociedade e especialmente pelos trabalhadores, que historicamente sempre estiveram na vanguarda das lutas por mudanças.
A resistência passa pelo fortalecimento das organizações sociais de luta e, em especial, pelos sindicatos, para combater as ameaças que destroem em tão pouco tempo o que demandou centenas de anos de lutas.