Mobilização e consciência dos trabalhadores serão decisivas nas negociações do nosso acordo coletivo
O desemprego se aprofunda como a maior preocupação em nosso País. Informações mais recentes do IBGE identificam que durante três meses da pandemia foram fechados 8,9 milhões de empregos no País. A população fora da força de trabalho atingiu o recorde 77,8 milhões de pessoas contra 83,3 milhões que ainda mantém sua ocupação. Ou seja, chegamos à metade da população com força de trabalho desempregada.
Um gráfico baseado em números do “Caged – Portal da transparência do governo federal” mostra a trágica situação de 73% mais beneficiários do auxílio emergencial do que trabalhadores com carteira de trabalho.
Esta é a conjuntura em que partimos em nossa luta para preservarmos os empregos, os salários e direitos sociais conquistados em nosso Acordo Coletivo de Trabalho.
Já enfrentamos argumentos pesados da empresa de uma queda gigantesca na produção e condição agravada pelas consequências da pandemia de Covid-19. Estudo divulgado pelo Dieese informa que dos acordos coletivos de trabalho realizados no País mais da metade buscava assegurar cláusulas de prevenção à pandemia e 42% se curvavam à redução de salário e de jornada de trabalho. Nos correios, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) o dissídio coletivo da categoria discute a intenção da empresa de cortar direitos trabalhistas como adicional de risco, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche e indenização por morte.
Os tempos são outros e bem piores. Exigirão que os trabalhadores se mobilizem e lutem para assegurar os empregos e não perder direitos e benefícios conquistados.
O Sindicato vem há alguns anos se batendo pela preservação dos empregos na Vale, sobretudo após as tragédias que se abateram sobre a empresa e os trabalhadores. Durante a pandemia, apesar de um esforço ainda maior e investimento alto em proteção temos a ameaça ampliada e devemos fortalecer esta luta para pelo nosso maior patrimônio, que são os empregos.